Feira de Artesanato
A cidade de Barcelos é conhecida pelas suas cerâmicas artesanais, especialmente pelo Galo de Barcelos – um colorido galo considerado um ícone nacional e muitas vezes usado como símbolo do país.
O artesanato em Barcelos é bastante rico e completo, sendo mesmo esta cidade conhecida pela capital do artesanato português.
Com uma diversidade tão grande nesta área, foram criadas rotas turísticas com diferentes denominações.
Devido a tanta afluência de pessoas à feira do Artesanato de Barcelos, a mesma realiza-se todos os anos no mês de agosto, no parque da cidade.
Na feira do artesanato existem barracas de artigos regionais produzidos de forma artesanal, comidas típicas da região, bom vinho, danças e cantares ao desafio.
Batalha das flores (Festa das Cruzes)
A "Batalha das Flores", na festa das Cruzes, faz "jus"a uma lenda popular de homenagem à "Mãe-Primavera", assim diz o povo, ao mesmo tempo que outros referem tratar-se de um agradecimento à "Mãe-Flor" ou à "Mãe-Natureza". Neste dia, as ruas transformam-se num campo de batalha, mas cujas armas são as flores!
No calendário romano, o mês de maio é dedicado a Maia, deusa da flora. Trata-se, portanto, de um mês relacionado com a natureza em pleno vigor, daí a sua ligação a determinadas festas florais.
Arcos das freguesias (Festa das Cruzes)
Chamam-se arcos de romaria ou arcos de festa: o trabalho é verdadeiramente fabuloso! A tradição pratica-se um pouco por todo o país, mas é mais frequente no norte do Mondego e, principalmente, no Minho.
Em Barcelos, na Festa das Cruzes, o hábito antigo foi retomado em 2004.
A construção do arco é um trabalho comunitário e a decoração é fruto da imaginação e da arte popular.
Uma viagem no tempo recorda-nos o “ritual”: os materiais para a estrutura eram cortados na floresta, escolhendo-se as melhores varas, que podiam ser de pinheiro, eucalipto e mimosa. As mais fortes formavam as colunas exteriores e a decoração era feita em madeira fina e em fio de arame de ferro zincado.
Antigamente, o arco era revestido a verdes e decorado com camélias, giestas e mimosas em flor. Hoje, há ainda quem mantenha o costume, mas predominam as coberturas em papel recortado que chegam a lembrar colchas trabalhadas.
A construção costuma ficar a cargo dos homens que se dedicam a descascar e a cortar a madeira. As mulheres dedicam-se a ornamentá-los.
Com o passar dos tempos, os arcos começaram a ser decorados com materiais mais modernos e de manuseamento mais fácil e, nos dias que correm, cada freguesia aproveita para representar no seu arco o que caracteriza a localidade: a sua riqueza, o seu artesanato, a sua economia, etc.
Enquanto se dá forma e vida ao arco, este mantém-se em posição horizontal, assente em suportes. Quando a obra de arte se dá por terminada, chega a hora de se levantar o arco, tarefa nada fácil já que, a maioria das vezes, atinge os quinze metros de altura e até mais!...
Os arcos estão durante algumas semanas em exposição na Avenida da Liberdade, regressando, depois, às suas freguesias de origem.
Tapetes de flores
A tradição dos tapetes de flores repete-se desde o início do século XX.
São muitas as pessoas que, nesta altura, visitam Barcelos para assistirem ao vivo à beleza única dos tradicionais tapetes de flores, feitos com pétalas de flores naturais, que engrandecem o Templo do Bom Jesus da Cruz.
A tradição remonta ao início do século passado – pela mão de Francisco Esteves – e, ainda hoje, se mantém viva. Os tapetes de flores são já o ex-libris da Festa das Cruzes.
Obra delicada e minuciosa, antes de as pétalas ganharem forma, é feito o esboço do desenho. As flores são apanhadas uma semana antes das festas por inúmeros voluntários que também se encarregam de separar as pétalas, que servirão para fazer os desenhos dos tapetes de quase três metros, verdadeiras obras de arte de fazer pasmar!
Dezenas de pessoas, como que em trabalho de formigas, trabalham afincadamente dias antes, para criarem, pétala a pétala, os dois tapetes que cobrem os corredores do Senhor da Cruz. Mas têm também a tarefa de os manter até ao fim das comemorações.
Há técnicas de conservação que os mais velhos vão passando de geração em geração, mas estão no segredo dos deuses!...
Diz-se, contudo, que o truque está no serrim humedecido que ao demorar a evaporar, impede que as pétalas se vão deteriorando.
Reza a história que os tapetes de flores naturais são uma forma de o povo demonstrar a sua dedicação à romaria e há mesmo quem diga que Festa das Cruzes sem tapetes não é Festa das Cruzes!
O pior é que se teme que, com o passar do tempo, os jovens não sigam a tradição, para já assegurada pelos mais velhos. Veremos… Mas pode ser que, graças ao Senhor da Cruz, a tradição vença. Esperemos que sim!
Festival de folclore internacional do rio
Vivemos numa época de globalização, importa, por isso, encontrar meios para preservar e divulgar a matriz cultural própria de cada povo. O Festival Internacional de Folclore Rio assume-se como um desses meios.
O Grupo Folclórico de Barcelinhos organiza todos os anos a edição do Festival Internacional de Folclore Rio, no último fim de semana de julho. Esta edição conta com a participação de grupos folclóricos em representação de alguns países estrangeiros como: Brasil, Bolívia, Chile, República Checa, Argélia, Geórgia, etc.
Os participantes têm oportunidade de partilhar com o vasto público vários momentos que envolvem, sobretudo, as danças e cantares, a gastronomia e o artesanato.
Feira de Barcelos
O aparecimento da feira de Barcelos data de 1412. Foi concedida por D. João I, em carta de 19 de fevereiro do mesmo ano, a pedido do Conde de Barcelos D. Afonso, seu filho. Ao longo dos tempos, sofreu inúmeras alterações, nomeadamente, no dia de realização, época do ano e local, até se fixar no local onde atualmente se realiza. Fixou-se à quinta-feira, com periocidade semanal. Neste dia, Barcelos enche-se de gente que vem à feira fazer as suas compras semanais ou, pura e simplesmente, para fruir o ambiente de festa e de convívio social que todos os “dias de feira” trazem à cidade e que fazem desta um acontecimento de importância regional. Esta feira semanal, considerada uma das mais tradicionais e antigas do Norte de Portugal, é um dos palcos privilegiados de contacto com a vivência e cultura das gentes do Minho e dos barcelenses em particular.
Gastronomia
- Petiscos típicos: pataniscas de bacalhau, bacalhau frito com cebolada, sardinhas salgadas;
- Pratos típicos: rojões à minhota, papas de sarrabulho, arroz de cabidela, polvo assado na brasa, bacalhau assado na brasa, cozido à portuguesa, vitela à moda de Barcelos, arroz de lampreia, lampreia à bordalesa, cabrito à minhota, arroz malandro com grelos, caldo de nabos e caldo verde;
- Doces regionais: leite-creme, pudim caseiro, queijadinha, doces de romaria, pão-de-ló, paralelos e sonhos do Arantes, peras borrachonas.